1 – Leitura do texto para
deleite: A canoa (Paulo Freire);
2 – Registro dos encontros: reflexões individuais e trabalho em grupo;
3 – Orientação para confecção do portfólio: a)
atividades com alunos; b) fichas do perfil da turma (PNAIC e SME); c) sequência
didática com um livro de literatura do acervo (tarefa); d) fotos de uso do
material do PNAIC (atividades e cantinhos);
4 – Leitura da seção
“Iniciando a conversa”;
5 – Leitura do texto 1 (Planejamento do ensino: princípios didáticos
e modos de organização do trabalho pedagógico) - Unidade 2; análise dos depoimentos das
crianças, identificando em cada depoimento quais critérios elas usaram para
avaliar as aulas das professoras;
6 – Resumo do texto 2 (Rotina na alfabetização: integrando
diferentes componentes curriculares) - Unidade 2; análise do quadro de rotina em
comparação com a rotina sugerida pelo programa “Ler e Escrever” e a dos
cursistas;
7 – Elaborar proposta de reorganização
da rotina para o segundo semestre;
8 – Programa “Alfabetização e
letramento”, da TVE . Salto para o futuro - anos iniciais do ensino fundamental
- http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=5582
Tarefas (para casa e escola)
1 - Elaborar sequência didática com um livro de literatura do acervo; (Veja bons exemplo de sequências didáticas nos links abaixo:
"Contos de fadas" http://www.slideshare.net/rbonater/sequncia-didtica-ermantina
"Como começa" https://docs.google.com/file/d/0B9I8wlspav89NDBDUE5XazJSQjg/edit?pli=1
"Literatura infantil: identificando personagens e características" http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9186 )
"Contos de fadas" http://www.slideshare.net/rbonater/sequncia-didtica-ermantina
"Como começa" https://docs.google.com/file/d/0B9I8wlspav89NDBDUE5XazJSQjg/edit?pli=1
"Literatura infantil: identificando personagens e características" http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9186 )
2 - Ler o texto “Materiais
didáticos no ciclo de alfabetização”, da seção “Compartilhando”, da Unidade 2, e fazer um
levantamento dos materiais descritos no texto que estão na escola. Analisar os
materiais e listar alguns a serem usados na turma de terceiro ano;
3 - Reler o texto 1
(Planejamento do ensino: princípios didáticos e modos de organização do
trabalho pedagógico) - Unidade 2; refletir sobre a questão: Considerando os 10 princípios
didáticos apresentados, como você avalia a sua prática?Resumo do texto 2 - Unidade 2
Rotina na alfabetização: integrando diferentes componentes curriculares
Telma Ferraz Leal
Juliana de Melo Lima
No componente curricular Língua Portuguesa, os direitos de aprendizagem são organizados em quatro eixos centrais: leitura, produção de textos escritos, linguagem oral e análise linguística.
No eixo da leitura, três dimensões interligadas precisam ser enfatizadas:
1 - a dimensão sociodiscursiva;
2 - o desenvolvimento de estratégias de leitura; e
3 - o domínio dos conhecimentos linguísticos.
A dimensão sociodiscursiva está relacionada diretamente com os aspectos da interlocução.
Saber
antecipar sentidos, elaborar inferências, ativar conhecimentos prévios, estabelecer
relações entre partes do texto, monitorar o processo de leitura, verificando se
o que está sendo compreendido “faz sentido”, dentre outras estratégias de
leitura, são essenciais para lidar com os textos. Para que o leitor lance mão
dessas estratégias, é necessário, ainda, que mobilize conhecimentos sobre o
tema, sobre o gênero e sobre o vocabulário.
Os conhecimentos
linguísticos englobam o funcionamento do sistema alfabético, o domínio das
correspondências entre letras e grupos de letras e fonemas e de algumas
convenções ortográficas e conhecimentos sobre outros aspectos gramaticais que
ajudam na constituição dos sentidos, como pontuação e paragrafação.
Em relação ao eixo de produção de textos escritos
também podem ser destacadas três dimensões do ensino:
1 - a dimensão
sociodiscursiva;
2 - o desenvolvimento das
estratégias de produção de textos; e
3 - o domínio dos
conhecimentos linguísticos.
Na dimensão sociodiscursiva,
podem-se destacar as reflexões acerca do contexto de produção de textos.
O desenvolvimento das
estratégias de produção de textos abrange desde as estratégias de planejamento
global dos textos, quanto as de planejamento em processo, revisão em processo,
avaliação e revisão posterior do texto.
A integração entre Língua
Portuguesa e outros componentes curriculares é necessária para que se obtenham
conhecimentos mais sólidos sobre as temáticas e sobre os propósitos de escrita
e seus possíveis interlocutores. Assim, a tarefa de planejar o texto e revisar
é muito mais contextualizada.
O domínio dos conhecimentos
linguísticos diz respeito aos conhecimentos sobre o sistema alfabético e
convenções ortográficas, mas também a outros conhecimentos linguísticos que
ajudam a construir sentidos nos textos, como o estabelecimento de coesão
textual, pontuação, paragrafação, concordância.
No eixo da oralidade, quatro dimensões principais podem ser
contempladas:
1 - valorização dos textos
de tradição oral;
2 - oralização do texto
escrito;
3 - relações entre fala e
escrita; e
4 - produção e compreensão de
gêneros orais.
No que se refere à análise linguística, as dimensões são:
1 - caracterização e reflexão sobre os gêneros
e suportes textuais;
2 - reflexão sobre e uso de
recursos linguísticos para constituição de efeitos de sentido em textos orais e
escritos, incluindo a aprendizagem das convenções gramaticais;
3 - domínio do sistema
alfabético e norma ortográfica; e
4 - ensino de nomenclaturas
gramaticais.
Os
gêneros textuais devem ser objetos de ensino porque são instrumentos de
interação, pois circulam na
sociedade. Introduzindo-os na escola, fazemos com que o que se ensina na escola
seja mais claramente articulado ao que ocorre fora dela.
Assim, o gênero funciona como
“um modelo comum”, como uma representação comunicativa, e a familiaridade com
os gêneros facilita a apreensão das intenções comunicativas, pois cria expectativas
sobre o que será lido/escutado e sobre os motivos pelos quais o conteúdo está
sendo veiculado. Além disso, facilita o processo de produção, por criar
esquemas sobre os modelos textuais “esperados” em determinadas situações de
interlocução.
Embora alguns gêneros sejam
mais frequentes em determinada área do conhecimento, um mesmo texto pode ser
trabalhado para mobilizar saberes diversos, de diferentes áreas.
Portanto, precisamos planejar
o ensino criando rotinas escolares que contemplem os quatro eixos citados
anteriormente e proporcionem situações de leitura e produção de diferentes
gêneros discursivos.
O enunciado é, nas palavras de Bakhtin, a
Os enunciados organizam-se em formas típicas composicionais, ou seja, falamos e escrevemos através de determinados gêneros do discurso (um dos três elementos ou fatores do enunciado, segundo Bakhtin). Mesmo no bate-papo mais descontraído, moldamos o discurso por determinadas formas de gênero, às vezes padronizadas e estereotipadas, às vezes mais flexíveis, plásticas e criativas. Ex.: gêneros cotidianos breves de saudações, despedida, felicitações, votos de toda espécie, informação sobre a saúde, as crianças etc.
Exemplo de trabalho com gênero no letramento escolar inicial
goiânia, 2 de setenbro de 1997.
Questionamentos:
1) É possível afirmar que a criança se apropriou de algumas características do gênero em questão? Por quê?
2) Que gênero se mescla ao gênero “carta” no enunciado da aluna?
3) Que tomada de posição é explicitamente defendida pela autora? Quais são seus argumentos?
4) Qual é a conclusão que reforça o ponto de vista tomado?
5) Quais são os conectivos utilizados? São adequados à construção do texto?
6) O que demonstra a mistura de formas (pronomes) de tratamento?
7) Como podemos constatar a dialogia e a polifonia neste texto?
Bibliografia sobre análise do discurso e gêneros discursivos
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Aprofundando o tema "gênero discursivo"
DISCURSO É...
"...a enunciação que supõe um locutor e um ouvinte, e no primeiro a intenção de influenciar o outro de algum modo (...) enfim, todos os gêneros em que há alguém dirigindo-se a alguém, enunciando-se como locutor e organizando o que ele diz na categoria da pessoa" (Benveniste).
DISCURSO É...
"...a enunciação que supõe um locutor e um ouvinte, e no primeiro a intenção de influenciar o outro de algum modo (...) enfim, todos os gêneros em que há alguém dirigindo-se a alguém, enunciando-se como locutor e organizando o que ele diz na categoria da pessoa" (Benveniste).
O enunciado é, nas palavras de Bakhtin, a
São enunciados tanto as réplicas dos diálogos cotidianos (às vezes constituídas de uma só palavra ou uma só oração) quanto um poema, um romance ou um tratado científico.
“real unidade da comunicação discursiva. Porque o discurso só pode existir de fato na forma de enunciações concretas de determinados falantes, sujeitos do discurso. […] Os limites de cada enunciado concreto como unidade da comunicação discursiva são definidos pela alternância dos sujeitos do discurso, ou seja, pela alternância dos falantes. [...] Cada enunciado é um elo na corrente complexamente organizada de outros enunciados.” (Estética da Criação Verbal, pp. 274-5)
Os enunciados organizam-se em formas típicas composicionais, ou seja, falamos e escrevemos através de determinados gêneros do discurso (um dos três elementos ou fatores do enunciado, segundo Bakhtin). Mesmo no bate-papo mais descontraído, moldamos o discurso por determinadas formas de gênero, às vezes padronizadas e estereotipadas, às vezes mais flexíveis, plásticas e criativas. Ex.: gêneros cotidianos breves de saudações, despedida, felicitações, votos de toda espécie, informação sobre a saúde, as crianças etc.
“Quanto melhor dominamos os gêneros, tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos neles a nossa individualidade (onde isso é possível e necessário), refletimos de modo mais flexível e sutil a situação singular da comunicação; em suma, realizamos de modo mais acabado o nosso livre projeto de discurso.” (Estética da Criação Verbal, p. 285)Os gêneros discursivos:
- “[...] são tão indispensáveis para a compreensão mútua quanto as formas da língua.”
- são formas típicas de enunciado dadas ao falante, tão obrigatórias quanto as formas da língua (composição vocabular e estrutura gramatical).
- determinam a seleção das palavras segundo a especificação de gênero.
- determinam uma expressividade típica de certas palavras. (“Era uma vez...”, “Alô!”)
Exemplo de trabalho com gênero no letramento escolar inicial
sr. Presidente Fernando Herique?
Não dechi matan os Passarinhos Porque enfeita a matureza Porque daci uns Dia Outros meninos e meninas não vai conhecer us Passarinhos Porque eles vãu tar mortu Puriso que eles e elas não vãi coise os Passarinhos eu espero que você Atemda u meu Pedido
Aotora Lu
(Texto de aluna da 1ª série. Fonte: Gêneros Textuais e Ensino, RJ: Lucerna, 2005.)
Questionamentos:
1) É possível afirmar que a criança se apropriou de algumas características do gênero em questão? Por quê?
2) Que gênero se mescla ao gênero “carta” no enunciado da aluna?
3) Que tomada de posição é explicitamente defendida pela autora? Quais são seus argumentos?
4) Qual é a conclusão que reforça o ponto de vista tomado?
5) Quais são os conectivos utilizados? São adequados à construção do texto?
6) O que demonstra a mistura de formas (pronomes) de tratamento?
7) Como podemos constatar a dialogia e a polifonia neste texto?
Bibliografia sobre análise do discurso e gêneros discursivos
AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
DIONÍSIO, Ângela Paiva (organizadora). Gêneros Textuais e Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
FARACO, Carlos Alberto. Linguagem e diálogo: as ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin. Curitiba: Edições Criar, 2003.
FIORIN, J. L. As astúcias da enunciação. São Paulo: Ática, 1996.
FLORES, V. N.; TEIXEIRA, M. Introdução à linguística da enunciação. São Paulo: Contexto, 2005.
KERBRAT-ORECCHIONI, C. Os atos de linguagem no discurso: teoria e funcionamento. “Quando dizer é fazer”: uma síntese sobre a pragmática conversacional. Niterói, RJ: Ed. UFF, 2005.
MAINGUENEAU, D. Elementos de linguística para o texto literário. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
Avaliação
do encontro de formação
05/06/2013
(Responderam
ao questionário 23 professores alfabetizadores)
Conteúdos:
avalie o encontro considerando os conteúdos abordados, o nível de
aprofundamento dos estudos e os recursos utilizados
ELOGIO
- TRABALHO EM GRUPO (4)*;
- troca entre colegas (4);
- BOM material (4);
- AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO (3);
- ASSUNTOS ÚTEIS PARA O DIA-A-DIA (2);
- ,DINÂMICOS (1);
- DIDÁTICOS (1);
- DEBATES (1);
- REFLEXÃO (1).
CRITICO
- MUDANÇAS DE LOCAL DO CURSO (2);
- PREDOMÍNIO DO SENSO COMUM NAS DISCUSSÕES (1);
- CONVERSAS PARALELAS (1);
- ideias abordadas de maneira confusa e sem considerar a realidade escolar (1);
- NO INÍCIO, ASSUNTOS CANSATIVOS DE DEBATER (1).
SUGIRO
- LOCAL FIXO (4);
- DISCUSSÕES PERMEADAS POR BIBLIOGRAFIA E TEXTOS AFINS (1);
- DISCUSSÕES NO INÍCIO E NÃO NO FINAL DO ENCONTRO (1);
- ATIVIDADES DE VIVÊNCIA DOS CONTEÚDOS (1);
- INFORMATIZAÇÃO DOS ENCONTROS (1);
- MAIS OPORTUNIDADE PARA “TROCAS PRÁTICAS” (1);
- ATIVIDADES ESCRITAS PARA OS TÍMIDOS PARTICIPAREM MAIS (1).
Orientador:
avalie o orientador de estudos quanto a pontualidade, clareza na
exposição dos temas em discussão, domínio do conteúdo abordado,
condução das atividades propostas e relação com o grupo
ELOGIO
- conhecimento/DOMÍNIO DO CONTEÚDO (8);
- POSTURA/CONDUTA DE TODO O PROCESSO (7);
- clareza na explanação do conteúdo (6);
- ABERTURA AO DIÁLOGO (4);
- CALMA (3);
- pontualidade (2);
- COERÊNCIA (2);
- ABORDAGEM ABRANGENTE (1);
- USO DE recursos tecnológicos (1);
- INCENTIVO AOS EDUCADORES (1);
- NOTA 10 (1).
CRITICO
- NO COMEÇO, ESTAVA MEIO SEM ÂNIMO (1);
- ALGUMAS FALAS QUE PERMEIAM MUITO O IDEAL E SE DISTANCIAM DO REAL DA SALA DE AULA (1);
- deveria ter mais domínio e clareza dos conteúdos e conduzir os encontros de maneira menos confusa (1).
SUGIRO
- CONTINUAR COM A PROPOSTA INTERATIVA (1);
- que contextualize melhor as ideias e observe o trabalho do professor (1);
- QUE FAÇA PEDAGOGIA (1).
Autoavaliação:
avalie sua participação como aluno(a) do curso, levando em conta a
pontualidade, a assiduidade, a participação nas discussões, a
leitura prévia dos textos indicados e a realização das tarefas
ELOGIO
- interesse/VONTADE DE APRENDER (8);
- participação (4);
- pontualidade (3);
- CUMPRIMENTO DAS TAREFAS (3);
- assiduidade (2);
- DEDICAÇÃO (1);
- ,ESFORÇO PARA PARTICIPAR (1);
- LEITURA DAS APOSTILAS (1);
- APLICAÇÃO DAS ATIVIDADES SUGERIDAS (1).
CRITICO
- NÃO FAÇO LEITURA PRÉVIA (4);
- ATRASO NAS ATIVIDADES (2);
- ATRASO NA CHEGADA (2);
- mais organização para as tarefas (1);
- NÃO PARTICIPAR DAS EXPOSIÇÕES ORAIS (1);
- POUCO TEMPO PARA ESTUDAR (1).
SUGIRO
- mais motivação (1);
- LEITURA PRÉVIA DO MATERIAL (1);
- ESTAR SEMPRE ABERTA A APRENDER (1);
- MAIS ORGANIZAÇÃO PARA ESTUDAR (1).
*
O
número entre parênteses indica quantas vezes o elogio, crítica ou
sugestão foi citado(a).