quarta-feira, 14 de agosto de 2013

7º encontro de formação - Unidade 3

Pauta                         
momento
Verificação das tarefas;
Leitura para deleite: poemas do livro Classificados e nem tanto (Marina Colasanti);

Leitura da seção Iniciando a conversa (Unidade 03);
Debate sobre as ideias principais do texto “A consolidação das correspondências letra-som no último ano do ciclo de alfabetização”;
2º momento
Em duplas ou trios, análise dos jogos de alfabetização (kit do MECe preenchimento da planilha;
Apresentação das duplas/trios.




Tarefa individual (prazo máximo para entrega: 17/09/2013):

Ler as sugestões dos textos da unidade 3, planejar e realizar uma aula inserindo situações lúdicas de aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabética (relações som-grafia; ortografia), anotando as impressões sobre a participação e aprendizagem das crianças; socializar com o grupo no PRIMEIRO encontro de setembro.

Sugestões quanto ao Planejamento: 
1) regularidade ortográfica escolhida; 
2) objetivo da atividade a ser realizada; 
3) desenvolvimento: como pensou em organizar a turma - coletivo, grupo, dupla, individual; como a atividade ocorreu (sua metodologia usada); 
4) como avaliou esse trabalho e a aprendizagem dos alunos (houve alguma fala relevante), houve registros (fotos, cartazes, atividade xerocada jogo realizado...)?




A consolidação das correspondências letra-som no último ano do ciclo de alfabetização 
(ideias centrais)
Ana Catarina dos Santos Pereira Cabral
Ana Cláudia Rodrigues Gonçalves Pessoa


1ª) As práticas de sala de aula devem ser orientadas no sentido de levar a criança, durante as atividades de leitura e produção de textos, a compreender que o que se escreve e a forma que se usa ao escrever estão diretamente relacionados ao efeito que o texto procura produzir no leitor, ou seja, a sua finalidade.



2ª) A discussão mais relevante deve ser sobre como as correspondências letra-som podem ser ensinadas de forma reflexiva e prazerosa.



3ª) Quatro tipos de atividades sobre as relações som-grafia de nossa língua:


3.1) atividades envolvendo a sistematização das correspondências som-grafia: 
- atividades que envolvem a escrita de palavras que começam com a mesma letra (adedonha, lista de palavras); - procurar palavras que iniciam com uma determinada letra ou sílaba; 
- cruzadinha; 
- caça-palavras; 
- exploração da ordem alfabética; 
- escrita de palavras com uso do alfabeto móvel ou silabário; - atividades de composição e decomposição de palavras; 
- atividades de montagem de textos que foram trabalhados em sala; 
- análise de textos que permitam a reflexão sobre uma determinada letra ou sílaba (trava-línguas, parlendas, cantigas); 
- jogos envolvendo leitura e escrita de palavras.

3.2) atividades envolvendo consciência fonológica
- jogos que desenvolvem a consciência fonológica; 
- atividades que trabalhem diferentes habilidades em diferentes níveis das palavras, como identificar, adicionar, subtrair e produzir unidades similares de diferentes palavras; 
- exploração de textos que trabalham o extrato sonoro da língua (cantigas de roda, parlendas, trava-línguas, textos poéticos) e, portanto, permitem aos alunos explorarem palavras que apresentam sons parecidos, bem como algumas letras e seus valores sonoros.
3.3) atividades para desenvolver a fluência de leitura ("automatismo"): 
leitura livre ou em pequenos grupos de gêneros diversos
- recital de poemas; 
- hora da notícia ou da reportagem, sugerindo que os alunos fiquem responsáveis em trazer notícias ou reportagens interessantes, para ler para os colegas da sala.

3.4) atividades envolvendo leitura e produção de texto - um bom recurso didático para conciliar os diferentes eixos de ensino, relativos ao componente curricular Língua Portuguesa, são as obras complementares;

4ª) Atividades para o ensino da norma ortográfica: 

convivência diária com diferentes materiais impressos; 
- atividades que possibilitem a reflexão sobre a norma ortográfica, individual e coletivamente, de modo a permitir aos alunos expressarem seus conhecimentos sobre a escrita correta das palavras, analisando as regularidades existentes, tanto a partir de sequências de atividades envolvendo a reflexão sobre determinada regra, como revisando sua produção de texto escrito; 
- atividades que possibilitem a explicitação dos conhecimentos pelos alunos de forma verbalizada (quando a criança é capaz de informar a regra em questão) ou não;
- atividades que possibilitem a sistematização do conhecimento pelo próprio aluno.




CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
A aprendizagem formal da linguagem escrita num sistema alfabético, como é a língua portuguesa, exige dos leitores a consciência de que a escrita representa uma sucessão de unidades fonológicas, existindo uma correspondência entre essas unidades no uso oral e na respectiva representação escrita.” (SIM-SIM, I. M. L. Ferraz & I. Duarte (1997). A Língua Materna na Educação BásicaCompetências Nucleares e Níveis de Desempenho. Lisboa: ME-DEB)

A aquisição da escrita exige que o indivíduo reflita sobre a fala, estabeleça relações entre os sons da fala e sua representação na forma gráfica. A aquisição da escrita está intimamente ligada à consciência fonológica, uma vez que para dominar o código escrito é necessária a reflexão sobre os sons da fala e sua representação na escrita. Denomina-se consciência fonológica a habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais da linguagem. Essa habilidade compreende dois níveis:



1. A consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras, as palavras em sílabas e as sílabas, em fonemas.
2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas. (Byrne e Fielding, 1989)

A consciência fonológica, ou o conhecimento acerca da estrutura sonora da linguagem, desenvolve-se nas crianças ouvintes no contato destas com a linguagem oral de sua comunidade. É na relação dela com diferentes formas de expressão oral que essa habilidade metalinguística desenvolve-se, desde que a criança se vê imersa no mundo linguístico.




Diferentes formas linguísticas a que qualquer criança é exposta dentro de uma cultura vão formando sua consciência fonológica; dentre elas, destacamos as músicas, cantigas de roda, poemas, parlendas, jogos orais e a fala, propriamente dita. 
Alguns exercícios simples ajudam a desenvolver a consciência fonológica:
a) rimas; 
b) identificar palavras com o mesmo som inicial; 
c) identificar palavras ou sílabas com o mesmo som final; 
d) contar os sons que fazem parte das palavras; 
e) manipular sons nas palavras (dizer fato, mas sem o f inicial).



RECOMENDAÇÕES PARA AJUDAR A CRIANÇA A DESENVOLVER A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
 Não realizar as atividades de forma isolada, mas sim fazendo parte de um trabalho amplo com a leitura e a escrita.
 Oportunizar que as crianças “brinquem” com as palavras através de atividades lúdicas, informais, interativas.




Professoras analisaram o jogo "Batalha de Palavras"
Prof. Hélio e profª. Euzinéri apresentaram o jogo "Dado Sonoro" para os colegas
Professoras Rosana, Ilga e Genislaine apresentaram o jogo "Troca Letras"
Professoras apresentaram o jogo "Bingo da Letra Inicial"
Professoras Fafi, Thaís e Carmen analisaram o jogo "Palavra dentro de palavra"
Professoras apresentam o jogo Bingo dos Sons Iniciais
Professores Genislaine, Jorge e Michele analisaram o jogo "Mais Uma"
Professoras com o jogo "Quem escreve sou eu"

Professoras apresentam o jogo Trinca Mágica



Um comentário:

Rosana Oliveira disse...

A regularidade ortográfica trabalhada foi palavras com o uso do m/n.
Primeiramente, foi feita a leitura do livro " Jabuti Sabido e Macaco Metido" em roda, depois as crianças foram separadas em grupo de quatro e foi feita uma outra leitura, mostrando imagens e eles fazendo comentários sobre a a história. Propus, então que anotassem o maior número de palavras que tivessem m/n som nasal; essa regularidade já havia trabalhado anteriormente.Expliquei a regra do jogo: o grupo vencedor seria aquele que conseguisse o maior número de palavras certas quanto ao uso do m/n. Foi muito empolgante, pois eles queriam anotar todas, mas era impossível, lógico.Escreveram numa folha as palavras que cada um do grupo conseguiu anotar, depois um do grupo foi escrever na lousa. Fizemos a correção coletiva, justificando o uso do m/n; nessa parte pude perceber se eles aprimoraram a regra da escrita; a maioria conseguiu. Os alunos que não estão alfabéticos copiaram as palavras no caderno e iam pronunciando ou soletrando, pois os colegas iam ajudando.Eles adoram corrigir os erros dos outros, foi fantástico.
Para finalizar, fiz fichas com outras palavras do livro que eles não tinham escrito, sorteei algumas para os grupos e eles tinham que completar com m/n, depois fixar na lousa para os colegas verem e assim somar com os pontos anteriores.