Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com sucesso, mas não conseguira entrar na universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu na lista.
- Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de R$ 3 mil.
- O senhor não faz chamadas interurbanas?
- Eu não tenho telefone!
Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes.
- Por quê?
- Ela me enganava.
Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma breve, louca alegria, quando ouvira o médico dizer:
- O senhor está desenganado.
Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.
- Se você diz que a operação foi bem...
A enfermeira parou de sorrir.
- Apendicite? - perguntou, hesitante.
- É. A operação era para tirar o apêndice.
- Não era para trocar de sexo?
"PLOCULANDO"
ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PORTFÓLIO
O que deve fazer parte de um portfólio?
Na verdade, dois portfólios nunca são iguais, porque as pessoas são todas diferentes e, assim, suas atividades pedagógicas também devem ser diferentes. Dois professores não deveriam criar portfólios que sejam exatamente iguais, embora possam utilizar os mesmos princípios e as mesmas estratégias de montagem desse material. O portfólio é definido como uma coleção de itens que revela, conforme o tempo passa, os diferentes aspectos do desenvolvimento de cada professor.
Portfólio demonstrativo
As amostras representativas de trabalho, as quais demonstram avanços importantes ou problemas persistentes devem fazer parte do portfólio demonstrativo. A principio, deve-se selecionar as amostras. As fotografias, as gravações e as cópias selecionadas de relatos narrativos também pertencem a essa coleção.
Processo de montagem de um portfólio
1. Estabelecer uma política para o portfólio
2. Coletar amostras de trabalho.
3. Tirar fotografias.
4. Conduzir consultas nos diários de aprendizagem.
5. Conduzir entrevistas.
6. Realizar registros sistemáticos.
7. Realizar registros de casos.
8. Preparar relatórios narrativos.
O ensino da ortografia no 3º ano do 1º ciclo: o que devemos propor aos alunos no “último” ano da alfabetização?
Nossa norma ortográfica apresenta casos de regularidades e irregularidades na relação entre sons e letras.
As correspondências regulares podem ser de três tipos: diretas, contextuais e morfológico-gramaticais. A apropriação dessas restrições se dá através da compreensão dos princípios gerativos da norma, isto é, das regras.
As regularidades diretas são evidenciadas quando só existe na língua um grafema para notar determinado fonema - a chamada "relação biunívoca" (é o caso de P, B, T, D, F, V).
As regularidades contextuais, por sua vez, ocorrem quando a relação letra-som é determinada pela posição (contexto) em que a letra aparece dentro da palavra. Por exemplo: o uso do C ou QU relaciona-se ao som /k/, mas depende da vogal com que forme sílaba (casa, pequeno).
As correspondências regulares morfológico-gramaticais são compostas de regras que envolvem morfemas tanto ligados à formação de palavras por derivação lexical como por flexão, ou seja, nesses casos, são os aspectos gramaticais que determinam o grafema que será usado.
As correspondências irregulares, por outro lado, não apresentam uma regra que ajude o aprendiz a selecionar a letra ou o dígrafo que deverá ser usado. Apenas um dicionário ou a memorização poderá ajudar nesses casos.
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Fig. 1 - Escrita de aluna com hipótese alfabética com algumas falhas
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Fig. 2 - Escrita de aluna com hipótese alfabética com valor sonoro convencional |
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Fig. 3 - Escrita de aluna com hipótese alfabética com valor sonoro convencional
Pesquisas têm demonstrado que o processo de reflexão ortográfica se dá de forma gradativa. O fato de uma criança dominar um tipo de regra não implica o domínio de regras semelhantes, pois parece existir uma complexidade distinta entre regras de um mesmo tipo, tornando algumas mais fáceis de serem apreendidas que outras.
Além disso, é importante que os aprendizes já sejam capazes de produzir e ler pequenos textos com alguma fluência, para que a ortografia venha a ser tomada como objeto de ensino e aprendizagem mais sistemáticos.
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SUGESTÃO PARA ENSINO DE ORTOGRAFIA
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2º ano
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3º ano
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4º ano
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5º ano
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1º tri
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- separabili-dade
- pares mínimos
( F/V,
P/B, T/D)
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-separabilidade - R e RR
- (retomada e manutenção)
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- retomada
- derivação
da escrita de números
- J e G *
- c,ç,s,x,sc
*
- separação de sílabas
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- retomada de
regras conhecidas
- mal e mau
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2º tri
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- separabili-dade
- QU e C
- G e GU
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- U e L (verbos)
- AM e ÃO
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- sufixos e
prefixos
- etimologia
das palavras (H)
- mas e mais
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- eza /esa/
ês
- por que e
porque
- oxítonas
- ocorrências identificadas
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3º tri
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- letra maiúscula
- R e RR
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-
M (P e
B)
S e
SS
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diminutivo
aumentativo
-
ês, esa
proparoxítonas
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-
x *
ocorrências identificadas
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Referências:
Brasil. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto nacional pela alfabetização na idade certa : o último ano do ciclo de alfabetização: consolidando os conhecimentos : ano 3 : unidade 3 / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. -- Brasília : MEC, SEB, 2012.
Shores, E. & Grace, C. Manual de Portfólio: Um guia passo a passo para o professor. Trad. Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
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